Profa
Eliana
SALA DE
LEITURA: AMBIENTE DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
São Paulo – 2012
SALA
DE LEITURA: AMBIENTE DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
Projeto de formação de leitores em sala de leitura
, séries finais do fundamental.
São Paulo - 2012
SUMÁRIO
Síntese da
experiência....................................................................
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Título...............................................................................................
4
Justificativa
.....................................................................................
4
Objetivo geral ..................................................................................
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Metodologia.....................................................................................
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Avaliação
........................................................................................
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Anexos
...........................................................................................
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Síntese da
experiência
O projeto em que se constitui este texto relata uma
experiência de reformulação de práticas de atendimento em formação leitora
realizadas na sala de leitura da EMEF Dom Paulo com educandos dos anos finais da ciclo I ( 4ª e 5ª
séries) nos anos 2011 e 2012.
Título:
Sala de
leitura: ambiente de construção de identidades
Justificativa
A decisão de realizar este trabalho
nasceu em fevereiro de 2011, no momento da socialização dos resultados em
proficiência leitora obtidos pelos educandos do fundamental II nas provas externas
(Prova Brasil, Prova São Paulo). A escola, na zona leste de São Paulo, tem
cerca de 1600 estudantes, entre crianças, jovens e adultos, distribuídos em 4
turnos. Professora orientadora de sala de leitura e apaixonada por livros,
sabia que a chave para o desenvolvimento da competência leitora está na leitura
de livros e não na realização de exercícios semelhantes aos das provas
externas.
Por que os jovens de sexta, sétima e
oitava séries obtêm os piores resultados,
são os que menos leem, os que menos gostam de livros,
os que menos emprestam livros? Estava insatisfeita com a identidade minha e da
sala de leitura. Quais nossos papéis na formação leitora das turmas que
recebemos semanalmente? Sentia-me pouco produtiva, não tinha claro qual minha
contribuição. Preparava aulas sobre livros de acordo com o currículo de cada
série, buscava músicas ou filmes que funcionassem como aquecimento para a
entrada no mundo da leitura. Achava minhas aulas muito expositivas. Questionava
se tinha de dar aulas de leitura. O que eu tinha de fazer era com que lessem
mais na escola e em casa.
Mas como fazer isso?
Também não me agradava receber tantos a cada
vez - 24 turmas por semana, com 32 educandos cada uma - e não conhecer seus
gostos, desejos, experiências, mesmo os nomes. Um entra e sai de crianças e
jovens de diferentes idades e eu sem saber concretamente o que ficava neles. Eu
não tinha muito claro o que faria, mas decidi refazer o percurso que fiz quando
estudante, que lia com as amigas, os livros que elas me indicavam, os livros
que meu professor de Língua Portuguesa da sétima série trazia de casa, porque
percebeu que gostávamos de ler. Decidi começar o trabalho me preparando,
estudando. Em 2011 li Andar entre livros, e Como um romance. O primeiro chamou
minha atenção para algo inexistente em nosso meio, que a autora diz existir na
Espanha, que é o trabalho com os gêneros literários sistematizado, percorrendo
todos os anos do fundamental. Pareceu-me que as escolas de lá dedicam um tempo
para ler com e para as crianças este e aquele livro, conforme o acordado pelos
educadores. Na escola em que atuo, o trabalho é pontual, mais presente nas
séries iniciais, e praticamente inexistente nos anos posteriores. Os
professores acreditam que por ser a literatura contemplada nos livros
didáticos, o trabalho com literatura já está contemplado. Daniel Pennac me
chamou a atenção para a necessidade de continuar lendo para os educandos, mesmo
já sendo eles alfabetizados, porque saber decifrar o código não garante fruição
do texto e porque precisam ser guiados para esse ou aquele gênero, para o
mistério, prazer e companhia em que pode se constituir um livro.
A leitura e os jovens, de Michèle Petit encheu-me
de ânimo. Vi que a coisa era muito maior. A autora fala no papel da leitura na
formação da identidade dos jovens, de como ler os protege da marginalização e
dos seus malefícios, de como ler dá a eles voz e mesmo um lugar seguro; a possibilidade
de escolher seu destino, adquirir saber, vocabulário. Já tínhamos tido
suicídio, jovens envolvidos com drogas e mesmo mortos por traficantes. Já
tínhamos tido uma morte por fome, crianças que cursam a 4ª e a 8ªsérie duas,
três vezes, gravidezes. Não se tratava apenas de ir bem numa prova, mas de ir
bem na vida. Havia algo que eu podia fazer. E fui me enchendo de ideias e
planos, que fui anotando e organizando nas margens dos livros que lia.
O estudo me tornou mais atenta. Eu não
me senti à vontade com O Caderno de orientação que nos foi entregue pela
Secretaria de Educação, que pede que o trabalho em sala de leitura esteja em
conformidade com o currículo, que sugere que a dificuldade do trabalho na sala
de leitura tem por causa as diferentes áreas a que pertencem os orientadores de
sala de leitura, que assemelha identidade a padronização (a proposta para todos
os OSL de formarem clubes de leitura, como sendo essa uma proposta de
construção de identidade) como se nós não tivéssemos uma, ou melhor, como se
cada local, cada grupo cultural em que se constitui cada comunidade escolar não
tivesse suas especificidades, suas identidades. Eu pensava: “Qual a concepção
de currículo, de leitura, de identidade desse caderno? Por que limita o papel
da leitura como meio para o aproveitamento escolar? Eu tinha receio que as
crianças vissem a ida à sala de leitura como mais uma aula. “Se as crianças e
os jovens associarem os livros à lição, à sala de aula, não se tornarão
leitoras, não desenvolverão paixão pelo livro.”
Eu sabia que tinha de desenvolver um
trabalho que focasse os anos finais do primeiro ciclo, pois nessa fase, começa
a puberdade, novos interesse vão surgindo, os livros infantis já não os atrai e
os infantojuvenis são considerados grandes, volumosos. Aos 10, 11 anos os
empréstimos de livros vão começando a diminuir, a leitura vai se reduzindo,
salvo exceções, aos textos didáticos.
Buscando cuidar dessa faixa etária,
tendo sob minha responsabilidade apenas 4 turmas das sete 4ªséries ( uma é de
alfabetização, as outras três , bem como os de 5ª série, são de outro período),
decidi criar um clube de leitura para os educandos dessas séries, que começou a
funcionar em fevereiro/2012 com empréstimo de livros do acervo do clube e de
junho em diante com encontros quinzenais.
Objetivo
Geral
Promover o gosto pela leitura de textos
literários entre os educandos das quartas e quintas séries, uma vez que leitura
e a literatura preparam os jovens para resistir à marginalização, ajuda-os a
construir uma identidade individual, a encontrar um lugar no mundo, a pensar, a
construir um vocabulário, a elaborar as tensões internas e externas.
Metodologia
2011 - Eu já sabia o que queriam ler:
Harry Potter, Crepúsculo, Desventuras em série, Como treinar o seu dragão,
Diário de um banana, A bússola de ouro, O ladrão de raios, muito procurados. A
escola tinha alguns exemplares do Harry Potter. Decidi fazer um experimento.
Comprei a coleção e li os dois primeiros. Não eram tão ruins como imaginara.
Reminiscências de Mark Twain, de mitologia grega, dos contos de fadas, e até de
Dickens. Eu bem podia ir conduzindo os meninos para esses autores.
Quem é leitor está sempre falando de
livros, encontrando outros que cultivam da mesma paixão. Vanessa, uma das
inspetoras da escola, é apaixonada pelo Harry Potter e em nossas conversas
sobre livros ela sempre falava dele. Quando dos lançamentos dos dois últimos
filmes, ela insistiu que eu os fosse ver e o fiz. Enquanto assistia ao último,
em plena escuridão da sala dei-me conta de que nossa escola nunca tinha
contemplado esse fenômeno editorial entre os jovens, apesar do interesse deles
por esses livros. Saí do cinema decidida a fazer uma festa do H. P. Bolei um
enigma com base no primeiro livro. Fiz ampla divulgação: participaria da festa
quem solucionasse o desafio. Tinha previsto 50 convidados, mas foram mais de 70
os inscritos e dividi-os em duas festas, que foram realizadas em novembro
(crianças numa, adolescentes noutra). Na festa vimos trechos do filme, lemos
trechos de outros livros cuja temática ou enredo assemelhados ao HP, ouvimos
relatos dos leitores dessa série. Foi na festa que lancei o convite para a
criação do clube de leitura do Harry Potter. Colhi nomes dos interessados e
acordamos obter doações dos títulos desejados. O clube de leitura atenderia aos
anseios dos jovens e à orientação recebida pela rede, que desde 2010 aposta nos
clubes de leitura dentro das aulas na sala de leitura. Eu era contra, achava impossível
criar 24 clubes de leitura. Como eu os acompanharia? Onde encontrar o número de
títulos, onde encontrar tempo para lê-los todos? Mas um clube, cujos
componentes eu pudesse formar para atuarem como mediadores de leitura me
parecia uma ação possível.
2012 – continuamos a recolher livros
para o clube, que os de 4ª, 5ª série vinham pegar comigo (revezamento) minutos
antes da entrada deles em sala de aula.
O
clube - Eu não queria anotar o empréstimo. Meu professor nunca anotou que livro
me trazia. Só falava um pouco dele e me entregava. Eu queria fazer do mesmo
jeito. Queria a liberdade do experimento. Divulguei o clube entre as quartas e
quintas. Apareceram muitos das quartas, seis das sétimas. O clube começou em
junho deste ano, com 13 crianças e hoje tem trinta inscritos, vinte e cinco
frequentes. Os encontros são quinzenais. Consegui mais livros com o acervo que
a prefeitura comprou. Dei a maior sorte! Toda a série do Diário de um banana,
do Como treinar o seu dragão, mais dois ou três Harry Potter. Consegui
baratinho no sebo do bairro exemplares do Mau começo (os três primeiros
episódios do Desventuras em série). Recebemos 20 exemplares lindos de A carta
roubada, de E.A. Poe e lemos um pouco a cada encontro, às vezes com lanternas
(que vimos no filme Sociedade dos poetas mortos, no primeiro encontro e
decidimos adotar). Vou apontando a contribuição desse autor para os livros de
terror, mistério e suspense que eles tanto apreciam. Primeiro devoram esses
títulos, depois vão tomando o gosto em ler e vão se aventurando noutras
páginas. Nos encontros, falamos do que lemos,
seja oralmente, seja por teatro mudo ( quem assiste tem de descobrir de
que livro se trata). Sempre em roda. Decidimos tudo juntos, eu só coordeno.
Cinco crianças pediram para entrar, três são meninas que cursam a quarta série
pela segunda vez, uma está se alfabetizando ( também é da quarta-série), um
menino da sexta-série têm problemas de indisciplina. Quiseram entrar, aceitamos.
Trazemos comes e bebes, fazemos amigos, bolamos intervenções na escola. É
natural. Quem lê quer agir. Estamos elaborando um livro de poemas de autoria
dos da escola e um jornal do clube, com relatos de nossos encontros, leituras e
projetos. Está em processo a dramatização de uma cena do livro A ordem da
fênix, porque foi desse livro que eles tiraram o nome do clube (O clube da
fênix) e a organização da feira de troca de livros. A cada encontro um deles
fica responsável pelo registro escrito, outro pelo registro fotográfico. Os 90
minutos dos encontros quinzenais nem dão pra tanta coisa que querem fazer. 7
deles já atuam lendo para as crianças das 1ª, 2ª e 3ª série, tombam livros,
organizam as prateleiras, são monitores atuantes.
Pedi às meninas do clube que
escrevessem uma carta solicitando às mães que lessem os livros do Programa
Minha Biblioteca para seus filhos de 6 e 7 anos. Por 3 tardes, durante não mais
que 15 minutos cada, antes de entrarem para a aula, Dalila
(6ªsérie) e Lívia (4ªsérie) vieram se sentar na sala
de leitura, planejar a carta. Bolaram um poema, que caiu no gosto dos
professores todos. A carta foi distribuída não só para o fundamental I, mas
também para os dois primeiros anos do fundamental II.
Decidi manter a sala de leitura aberta nos
quinze minutos que antecedem a entrada do período deles, - o terceiro -, para
que pudéssemos nos ver, já que os encontros são quinzenais. Eles vêm pegar
livros, vêm me ajudar a organizar o espaço, guardar livros, conversar sobre
livros, escolher livros para lerem para os pequenos (atividade Lê pra mim, em
que os maiores lêem para as crianças de primeira série e relatam suas leituras
para os de terceiras). São os do clube, são os que não são do clube, mas querem
participar das atividades deles.
Avaliação
Como o clube ganhou força neste
semestre, quando passamos a nos reunir, eu me perguntei se já dava para aferir
resultados, se é possível medir leitura. Sei que ela provoca impactos na vida
do leitor, mas me perguntava se tais impactos não implicam numa certa passagem
de tempo. Conversei com os professores dos que frequentam o clube. Com exceção
do Lucas, da Ellen, Débora, Joyce, Sofia, todos já são considerados bons
alunos. O livro de comissão e as tarjetas comprovam isso, as notas deles são P
ou S. A professora Luciana, de Artes, disse que os do clube são mais maduros,
independentes, criativos. A professora Eliana R. disse que os dela que
frequentam o clube são mais solidários e mostram comportamento leitor (quando
terminam as atividades, tiram o livro da bolsa). Simone, professora de
Matemática disse o mesmo (colhi depoimento delas, em filme). A procura das
crianças com dificuldades escolares pelo clube demonstra que essa é uma
estratégia que pode funcionar para essas crianças.
Leitores de livros maiores nas 4ª
séries: de 30 em cada sala, cerce de 11em cada uma já lêem livros com mais de
50 páginas (por que também fiz um trabalho parecido com o do clube nas aulas,
coloco-os em roda, coloco livros maiores no tapete e leio ou relato conteúdos
deles, deste modo, consigo com que e em cada encontro levem livros maiores). Esses
dados eu os obtive ao quantificar os que escrevem ou falam sobre o que leram ao
longo do ano. Os de quarta-serie que freqüentam o clube já leram no mínimo três
livros de 100 páginas.
Nosso acervo começou com menos de 20
livros, hoje temos mais de 40 e eles querem mais.
Débora, que cursa a quarta série pela
segunda vez, veio me ver no seu intervalo. Enquanto eu organizava os livros na
estante ela falava. Que lia Crepúsculo. ‘O que está achando?’ ‘Eu gosto, coloco
o filme pra ver e vou virando as folhas, tentando achar em que parte está’.
Estranhei, ‘Por que?’ ‘É que eu não sei ler inglês. Gelei. Tinha levado um
exemplar em inglês do livro para mostrar num dos encontros do clube (ela faz
parte do grupo), ela queria tanto ler o livro que levou assim mesmo. No dia
seguinte, levei um em português para ela. Ela e outros, eu noto, carregam com
orgulho os livros, como quem adquire um status por ler este ou aquele título.
Questionar meu trabalho, traçar uma
meta, ler para entender os jovens e o papel da leitura na vida deles e minha,
prever passos, mapear ações, planejar novos passos, eu posso dizer, tem
contribuído em muito para a construção de uma identidade mais positiva da sala
de leitura, minha, dos educandos e da leitura. A trajetória está só no começo,
mas já tem um destino e um roteiro. Essa trajetória de estudos, de leituras dos
livros para jovens, de documentação do processo, de perceber como não me valia
da máquina fotográfica, da câmera, dos recursos tecnológicos, e de ir pedindo a
cada encontro que começassem a usar seus celulares para também registrar... De
como o clube está nos ensinando a lidar com as tecnologias, de chamá-los para
auxiliar os menores e os pais na formação leitora deles. Não posso analisar em
números, mas vejo que nosso dia- a- dia e nossa atuação na escola está se
reconfigurando. Nesse bimestre, fiz algo que jamais teria feito noutros anos,
ainda mais sozinha. Pedi espaço nas reuniões de pais e na dos professores. Na
primeira conversamos sobre leitura e lemos. Na segunda, apresentei a toda a
escola o projeto, pedi parcerias. Nas
duas ocasiões, cheguei cedo, montei o equipamento apresentei, ouvi considerações
(que não filmei todas porque as pessoas ficam inseguras – a Angélica,
professora de Geografia, disse ao ouvir o relato da Lívia: “Nossa! Essa menina
leu mais eu a gente!” – achei o máximo).
Eu sou outra professora hoje. E gosto
do que estou sendo.
AVALIAÇÕES DOS PARTICIPANTES
Foi da leitura de um dos textos de Roseli Sayão,
publicado na Folha de São Paulo, que decidi pôr no projeto os depoimentos dos
participantes. Ela diz, e com razão, que a escola não ouve os estudantes.
Em 08 de outubro de 2012 (por escrito)
1.Por que você quis participar do clube?
“Por que eu
queria conhecer livros.” Andressa (6ª série)
“Por que eu
amo, adoro ler, parece que eu viajo no livro, ele se tornou meu amigo.” Dalila
(6ª série)
“Eu amo
muito ler desde os meus quatro anos de idade.” Dayane (5ª série)
2. Desde sua entrada no clube, quais livros você já
leu?
“A ilha
perdida, Crepúsculo.” Andressa
“Como viver
para sempre, O ladrão de raios, Desventuras em série - os três, Crepúsculo, Os
três irmãos, Christiane F, Harry Potter e a câmara secreta, Quadribol”. Dalila.
“Harry
Potter, Matilda, das Desventuras em
série O mau começo”. Dayane
3. Quais benefícios o clube da Fênix trouxe para
você?
“Ler para as
crianças, ler melhor, ler mais rápido.” Andressa.
“A leitura
mais rápida, a importância de ler e novas amizades.” Dayane
“Fiz novos
amigos, gostei de ler mais, melhorei a minha fala e o meu conhecimento e
aprendi com o livro.” Dalila
4. Como seus pais avaliam sua participação no clube?
“Eles acham
legal, acham que lendo mais podemos ser alguém na vida.” Dalila
“Eles acham
que é bem melhor para mim, porque eu não sabia ler muito bem, eu não era
chegada aos livros.’Dayane
“Ótimo,
porque eles querem que eu conheça palavras novas”. Andressa
Em 19 de outubro de 2012-10-22
“Está bom,
porque as pessoas estão lendo mais livros e até brigando para ler, estão com
boas ideias. Hoje só não foi bom elas estarem agitadas” Gabriel Galdino (6ª
série A)
“Eu gosto do
clube porque é legal. Eu gosto porque eu gosto de ler, gosto do clube porque
está da hora, mais do que festa.” Elisangela Bernardes.(5ªsérie)
“Eu queria
que tivesse os 10 do Desventuras em série pra saber o que acontece no final.
Queria que
tivesse também mais livros de terror, aventura e suspense, adoro mistério. Eu
estou cuidando do livro de poesias, falta terminar de fazer.
Gostei da
ideia do clube de leitura, acho que nos ajuda a falar e no conhecimento, é só
isso. Ah! “Estou lendo A menina que roubava livros.” Dalila (6ª série D)
“Eu achei
bom, porque é muito interessante, tem livros, a pessoa pega e lê.”Joyce (4ª
série D)
“Eu li o
livro as crônicas de Spiderwick. Eu vim sozinho, não vieram o Jonathan, a
Talita e a Giovanna, me senti sozinho, mas eu já estou quase acostumando. Sobre
o livro, eu adorei mesmo, eu já assisti o filme, mas o filme não é a mesma
coisa do livro..”(Lucas Rodrigues da Silva,6ª série)
“Eu gosto
dos novos livros, eu também gosto das novas pessoas que entram no clube. Hoje
foi o meu primeiro dia, eu gostei muito. Só que eu queria que tivesse mais
livros.”( Sabrina, 4ªF)
“O que foi
ruim foi a Talita da 7ª, ela falou que nós só viemos para comer, isso me
incomodou, o resto está tudo bem”. O que é bom é a amizade, a união e as
leituras.( Laisla, 4ªD)
“Eu gosto
dos livros, gosto de vir no clube, é muito legal porque a gente pode falar dos
livros, conversar bastante e é muito legal.”(Giovanna, 4ªD)
“Quero ler
muitas coisas, só que vou sair do clube porque estou “Rebelde”desde que meu pai
morreu e as pessoas não entendem porque eu digo... porque eu o amava muito e
ainda o amo. Mas meus ombros estão pesados e a minha cabeça cheia, todo mundo
não me entende, ninguém, sou muito mal compreendida ou não entendida. Às vezes,
choro pelos cantos porque as pessoas falam coisas que me magoam e a escola é
onde fico relaxada, porque é o único lugar onde quase tem sossego. Por causa
das minhas atitudes, dos meus atos não sei se virei pro clube e me desculpa se fiz algo errado aqui também.
Eu quero que Deus me perdoe e me ajude e me proteja, faça tudo o que puder para
me ajudar a ser feliz. Quero agradecer todas as coisas boas que acontecem
comigo, tipo “a minha entrada no clube”. Muito obrigado.” ( Lívia, 4ª D)
“... Eu fico
feliz lendo, falando com as pessoas.” ( Ellen, 4ªC)
“Eu gostaria
que tivesse os gibis da turma da Mônica Jovem e um livro de instrumentos e eu
vou participar da peça do Harry Potter, vou ser o comensal da morte, vou ter um
manto. Eu gostei de tudo.”(Renan, 5ªC)
‘Eu Thainá,
6ºC queria que tivesse o livro Diário do vampiro e mais livros sobre artistas
antigos ou cantores, só que em português. Estou fazendo o Lupin na peça do Harry
Potter. Estou achando muito interessante, adoro meu personagem. Gosto muito do
clube é bom porque a gente reencontra os amigos e se diverte. Adoro ler os
livros da sala de leitura, eu adoro livro de suspense e sobre cantores antigos
e fantasia.”
“Bom, tudo
que tem no clube para mim é bom, não tem nada de ruim. Estou lendo o livro Moby
Dick (um reconto), é um homem que sempre sonhou em ser baleeiro, por isso ele
viajou para a cidade de Nutuchek, onde tinha outros baleeiros. Ele foi dormir
em um hotel e lá encontrou um amigo que também queria ser um baleeiro e eles
foram procurar um navio.” (Isabele. 5ªA)
“Bom, eu não
acho nada de ruim, eu acho que tudo é bom aqui no clube, tudo que tem é legal,
eu estou lendo a Armadilha ao contrário e eu gostaria de ler Coração de tinta.”
(Matheus dos Anjos, 5ªD)
“Olá, meu
nome é Dayane e estou na 5ª série A. Eu quero muito ler o livro Diário de um
vampiro, mas não tem no clube de leitura. Eu também queria que a gente
assistisse um filme em cada encontro, tipo Harry Potter, Crepúsculo etc. Eu
queria que a gente fizesse cada encontro na casa de uma pessoa ou no
teatro(auditório da escola).”
“Pra mim
está tudo bem, não tem nada ruim, Queria que fosse toda sexta-feira, e que não
faltasse ninguém.” ( Débora, 4ª D)
Avaliando o lê pra mim (atividade em que os
participantes do clube leem para as crianças menores da escola)
“ Eu gostei muito, mas muito, porque eu ajudei as
crianças da 1ª série, eu fiquei com dó da menina porque ela era órfã, aí ela
tinha chorado, ela contou da vida dela, é muito triste... eu fiquei lendo com
as crianças, eu, a Vitória e o Lincoln... eu nunca vou esquecer disso, é como
Criança Esperança, eu ajudei elas...” (Renan, 5ªC)
“ Hoje (9 de outubro), passei o dia inteiro na sala
de leitura, gostei porque li para as crianças e me senti importante e me
diverti com crianças, fiz amizade, li 12 livros para as crianças, gostei, acho
que elas gostaram também, o Rena e o Lincoln também estavam. Hoje foi a festa
das crianças e quase todas elas passaram na sala de leitura e eu achei as
crianças muito dedicadas e isso ´e importante.” (Vitória, 4ªF)
“Fico
emocionada quando os vejo passar por mim com
um livro embaixo do braço, indo para o clube de leitura.” (Maria Antônia,
diretora da escola)
projeto magnífico, parabens ! é um belo exemplo de dedicação e desenvolvimento intelectual para as novas gerações de leitores.
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