Cada grão
De chuva
Plantado no chão
Árido
Do meu sertão
É esperança de vida
De fruta no pé
E pão
Nas mãos e bocas
Das minhas crianças
Sofridas.
Cada grão de chuva
Que você recrimina,
sulista,
É pepita preciosa
Que cobriria de verde
A minha terra
ressequida
Se ele caísse por lá.
Eu sou uma ave
mirrada
Que agora voa
Sob a garoa
Desse lugar cinza e
triste
Em que a água veio abundar
Nenhum comentário:
Postar um comentário