domingo, 8 de abril de 2012

Alheamento - poema


Cada grão
De chuva
Plantado no chão
Árido
Do meu sertão
É esperança de vida
De fruta no pé
E pão
Nas mãos e bocas
Das minhas crianças
Sofridas.

Cada grão de chuva
Que você recrimina,
sulista,
É pepita preciosa
Que cobriria de verde
A minha terra ressequida
Se ele caísse por lá.

Eu sou uma ave mirrada
Que agora voa
Sob a garoa
Desse lugar cinza e triste
                                                             Em que a água veio abundar

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