sábado, 7 de abril de 2012

sequência didática II


Escola: X
Prof.: Cris
Turma: 4ª series (5º ano) do ensino fundamental I
Ano: 1º semestre de 2012

                                    Sequência didática

Disciplinas: Língua Portuguesa (leitura, interpretação, discussão, compreensão e análise lingüística) e Ciências

Objetivos:
·        Identificar a grafia do porque (resposta ou explicação);
·        Identificar a grafia do por que ( para iniciar questões diretas ou indiretas);
·        Estimular a leitura de revistas de divulgação científica para crianças;
·        Estimular entre as crianças a elaboração de perguntas científicas;
·        Desenvolver a habilidade de formular hipóteses;
·        Desenvolver um dos procedimentos científicos: comparar as hipóteses elaboradas pela turma com as informações encontradas;
·        Conhecer diferentes fontes de pesquisa;


                 
Conteúdo:
·                    Questões científicas;
·                    Por que, porque;
·                    Procedimentos de pesquisa: elaboração de perguntas, elaboração de hipóteses, seleção de fontes de informação, registro de informações, comparação de informações, escrita de texto síntese;



Recursos:
·                    Revistas Ciências Hoje para Crianças, caderno, lápis, borracha, canetas, lousa, giz; canetas coloridas, lápis de cor, cartolina, sulfite, papel crat ou pardo.

1ª etapa: primeiro contato

Num dos momentos de leitura da semana, avisá-los que conheceremos uma revista de ciências para crianças, distribuir uma para cada um deles, com a orientação de, após uma primeira olhada (criança gosta de folhear, de observar as ilustrações,) elejam alguma descoberta que tenham feito durante a leitura dela (reservar de 15 a 20 minutos para esta atividade).

Após o tempo estabelecido, pedir que socializem com os demais as descobertas realizadas.
Se não houver exemplares suficientes para todas as crianças, pedir voluntários (de 5 a 10, conforme o número de revistas disponíveis), estes levarão as revistas para casa com o propósito de selecionar uma descoberta e divulgá-la para a classe no dia seguinte. Nesse caso, deve-se cuidar para que durante o trabalho com elas, as mesmas devam estar disponíveis ou no cantinho da leitura ou sendo levadas para casa (rodízio).

2ª etapa

A professora avisa a turma que as aulas versarão sobre assuntos que circulam em pelo menos duas disciplinas: português e ciências e que durante esse trabalho serão realizados os mesmos procedimentos de um cientista ou pesquisador: a pesquisa; e que conhecerão mais aprofundadamente umas das sessões da revista CHC, a seção Por que... ?
Na lousa a professora escreverá pelo menos 5 questões selecionadas de edições antigas ou recentes de CHC. Estas foram as que eu selecionei para o meu trabalho:

·                    Por que o céu é azul?
·                    Por que se deve lavar as mãos após tocar as asas de uma borboleta?
·                    Por que piscamos?
E pedirá às crianças que pensem em respostas para elas.

Segue-se então que as crianças vão dizendo as respostas para as questões, a professora escreve as respostas, não importando se mais próximas ou distantes das descobertas científicas, pois haverá um momento em que as respostas serão confrontadas com as de fontes científicas. O ideal seria ter um datashow para o registro feito pela professora ou por um auxiliar, se ela tiver. Se não, pode-se escolher um redator ou dois entre a turma, para que as crianças fiquem livres para pensar. Em classes muito agitadas costumo pedir para que todos registrem comigo, neste caso, escrevemos duas hipótese diferentes para cada questão. A professora então informa as crianças de que as respostas que elas deram para as perguntas se chamam hipóteses, que os pesquisadores fazem o mesmo, pensam em respostas para as perguntas que criaram ou lhe foram propostas e em seguida partem para a pesquisa, que é ir ler livros, revistas, entrevistar pessoas, enfim buscar mais respostas para a pergunta com que estão trabalhando.

3ºetapa
Esta etapa deve ser realizada no mesmo dia, se o suporte textual utilizado para o registro das hipóteses dos estudantes for a lousa.
A professora retoma as perguntas e as respostas e escreve ou sublinha numa outra cor cada vez que aparece porque e por que. Pergunta então às crianças por que eles aparecem escrito diferente. Espera-se que as crianças percebam que o que determina a grafia diversa é o tipo de oração, se questão, por que; se afirmativa (explicação) porque. As crianças dirão (sempre há os mais observadores que percebem a regularidade): “por que separado é pergunta. Porque junto é quando responde”. Pedir que anotem no caderno essa descoberta, com caneta colorida ou num quadro colorido, para que fique em destaque. Se a professora perceber que há um ou outro distraído, perguntar a vários deles, pedir que lhe expliquem o porque da grafia diversa, enfim, retoma o assunto, para garantir que a maioria acompanhe e entenda o que  está sendo estudando.

4ª etapa
A professora apresenta à classe os exemplares que trazem as respostas para as questões por ela apresentadas à turma. Mostra o índice e a página da seção, mostra a página em que o texto aparece. Avisa-os de que do texto selecionará apenas um parágrafo, em que a resposta está.
Segue-se a leitura e discussão dos enunciados, para que haja a compreensão do que diz. Só então é que se dá a comparação dessas com as que as crianças haviam elaborado, o que implica em voltar às anotações feitas em aulas anteriores. Nova discussão: quais das nossas estão de acordo com as da revista, em que se assemelham, em que diferem? O que garante que as respostas apresentadas pelas revistas sejam verdadeiras? (nesse momento, apontar o nome, a função e o órgão para o qual o escritor do texto trabalha. Quase sempre são professores ou pesquisadores de importantes instituições de ensino ou pesquisa, o que confere autoridade às informações apresentadas. As crianças precisam saber que é preciso conferir as credenciais de quem profere o discurso, para que não sejam manipuladas ou incorram em erro).
Da discussão, deve-se selecionar a resposta adequada.

4ª etapa
Elaborar coletivamente ou em pequenos grupos um quadro contendo de um lado as perguntas de outro as respostas selecionadas. Se a escola tiver laboratório de informática, essa é uma boa oportunidade de aproximar os espaços e os recursos, tendo como eixo a pesquisa. Pode-se procurar por outras fontes, pode se confeccionar os quadros-síntese.

5ª etapa
Se a professora julgar necessário, pode-se propor às crianças exercícios de fixação dos usos do por que/porque.

6ª etapa
Elaborar com eles uma lista de suportes textuais que atuam como fontes de pesquisa. Onde podemos buscar respostas para nossas perguntas? A professora pode acrescentar fontes por eles não apontadas, como os dicionários pedagógicos produzidos pelas editoras, as enciclopédias eletrônicas  (em discos ou na internet), jornais infantis, as enciclopédias para crianças ( Larousse) , as revistas Recreio etc.


7ª etapa
Pedir que escrevam em dupla, um relatório das descobertas, nesse relatório não pode faltar: o que estudamos, quando, onde, com que materiais, como, o que descobrimos, o que falta saber, o que foi bom, o que precisa melhora, sugestões. Para que não se percam nem se cansem a professora pode dividir a primeira escrita em três momentos: os dois primeiros para pôr o texto no papel, o terceiro (que pode se desdobrar em mais) para conferir se esta tudo bem, do ponto de vista do assunto e sua estrutura, do ponto de vista da estética textual (parágrafos, ortografia, concordância).
Os textos podem ser publicados em mural da escola ou sala, em blog. Duplas podem ser escaladas para apresentar o trabalho a outras classes, como o professor preferir, mas dar destaque ao trabalho e oportunizar que eles socializem seus estudos motivam-nos a gostar de estudar.

Avaliação
É formativa, a professora observará o envolvimento das crianças, em que momentos apresentam dificuldades e avanços: organizar os pensamentos? Falar em público, acompanhar as discussões enquanto escrevem? Manter as anotações em ordem, entender os trechos retirados da revista? Apontar semelhanças e diferenças nas respostas, argumentar sobre o porquê manter-se uma ou outra? Trabalhar em grupo, manter-se atento? Seguir o roteiro para a escrita do relatório, acompanhar todas as etapas do trabalho, iniciativa, autonomia? E ir ajustando os procedimentos, ir acompanhando de modo mais próximos os que apresentam maior dificuldade. O momento da escrita apontará quais aspectos lingüísticos merecerão um trabalho sistematizado, o momento da leitura e da compreensão apontarão para a dificuldade em se compreender textos informativos; elaborar ou pesquisar experiências com o trabalho com esse gênero para a desenvolvê-lo em classe? São algumas das questões que permearão a avaliação da professora.








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