Escola: X
Prof.: Cris
Turma: 4ª series (5º ano) do
ensino fundamental I
Ano: 1º semestre de 2012
Sequência
didática
Disciplinas: Língua Portuguesa
(leitura, interpretação, discussão, compreensão e análise lingüística) e
Ciências
Objetivos:
·
Identificar a grafia do porque (resposta ou
explicação);
·
Identificar a grafia do por que ( para iniciar
questões diretas ou indiretas);
·
Estimular a leitura de revistas de divulgação
científica para crianças;
·
Estimular entre as crianças a elaboração de
perguntas científicas;
·
Desenvolver a habilidade de formular hipóteses;
·
Desenvolver um dos procedimentos científicos:
comparar as hipóteses elaboradas pela turma com as informações encontradas;
·
Conhecer diferentes fontes de pesquisa;
Conteúdo:
·
Questões científicas;
·
Por que, porque;
·
Procedimentos de pesquisa: elaboração de
perguntas, elaboração de hipóteses, seleção de fontes de informação, registro
de informações, comparação de informações, escrita de texto síntese;
Recursos:
·
Revistas Ciências Hoje para Crianças, caderno,
lápis, borracha, canetas, lousa, giz; canetas coloridas, lápis de cor,
cartolina, sulfite, papel crat ou pardo.
1ª etapa:
primeiro contato
Num dos momentos de leitura da semana, avisá-los que conheceremos uma
revista de ciências para crianças, distribuir uma para cada um deles, com a
orientação de, após uma primeira olhada (criança gosta de folhear, de observar
as ilustrações,) elejam alguma descoberta que tenham feito durante a leitura
dela (reservar de 15 a
20 minutos para esta atividade).
Após o tempo estabelecido, pedir que socializem com os demais as
descobertas realizadas.
Se não houver exemplares suficientes para todas as crianças, pedir
voluntários (de 5 a
10, conforme o número de revistas disponíveis), estes levarão as revistas para
casa com o propósito de selecionar uma descoberta e divulgá-la para a classe no
dia seguinte. Nesse caso, deve-se cuidar para que durante o trabalho com elas,
as mesmas devam estar disponíveis ou no cantinho da leitura ou sendo levadas
para casa (rodízio).
2ª etapa
A professora avisa a turma que as aulas versarão
sobre assuntos que circulam em pelo menos duas disciplinas: português e
ciências e que durante esse trabalho serão realizados os mesmos procedimentos
de um cientista ou pesquisador: a pesquisa; e que conhecerão mais
aprofundadamente umas das sessões da revista CHC, a seção Por que... ?
Na lousa a professora escreverá pelo menos 5 questões
selecionadas de edições antigas ou recentes de CHC. Estas foram as que eu
selecionei para o meu trabalho:
·
Por que o céu é azul?
·
Por que se deve lavar as mãos após tocar as asas
de uma borboleta?
·
Por que piscamos?
E pedirá às crianças que pensem em respostas para
elas.
Segue-se então que as crianças vão dizendo as
respostas para as questões, a professora escreve as respostas, não importando
se mais próximas ou distantes das descobertas científicas, pois haverá um
momento em que as respostas serão confrontadas com as de fontes científicas. O
ideal seria ter um datashow para o registro feito pela professora ou por um
auxiliar, se ela tiver. Se não, pode-se escolher um redator ou dois entre a
turma, para que as crianças fiquem livres para pensar. Em classes muito
agitadas costumo pedir para que todos registrem comigo, neste caso, escrevemos
duas hipótese diferentes para cada questão. A professora então informa as
crianças de que as respostas que elas deram para as perguntas se chamam
hipóteses, que os pesquisadores fazem o mesmo, pensam em respostas para as
perguntas que criaram ou lhe foram propostas e em seguida partem para a
pesquisa, que é ir ler livros, revistas, entrevistar pessoas, enfim buscar mais
respostas para a pergunta com que estão trabalhando.
3ºetapa
Esta etapa deve ser realizada no mesmo dia, se o
suporte textual utilizado para o registro das hipóteses dos estudantes for a
lousa.
A professora retoma as perguntas e as respostas e
escreve ou sublinha numa outra cor cada vez que aparece porque e por que.
Pergunta então às crianças por que eles aparecem escrito diferente. Espera-se
que as crianças percebam que o que determina a grafia diversa é o tipo de
oração, se questão, por que; se afirmativa (explicação) porque. As crianças
dirão (sempre há os mais observadores que percebem a regularidade): “por que
separado é pergunta. Porque junto é quando responde”. Pedir que anotem no
caderno essa descoberta, com caneta colorida ou num quadro colorido, para que
fique em destaque. Se
a professora perceber que há um ou outro distraído, perguntar a vários deles,
pedir que lhe expliquem o porque da grafia diversa, enfim, retoma o assunto,
para garantir que a maioria acompanhe e entenda o que está sendo estudando.
4ª etapa
A professora apresenta à classe os exemplares que
trazem as respostas para as questões por ela apresentadas à turma. Mostra o
índice e a página da seção, mostra a página em que o texto aparece. Avisa-os de
que do texto selecionará apenas um parágrafo, em que a resposta está.
Segue-se a leitura e discussão dos enunciados, para
que haja a compreensão do que diz. Só então é que se dá a comparação dessas com
as que as crianças haviam elaborado, o que implica em voltar às anotações
feitas em aulas anteriores. Nova discussão: quais das nossas estão de acordo
com as da revista, em que se assemelham, em que diferem? O que garante que as
respostas apresentadas pelas revistas sejam verdadeiras? (nesse momento,
apontar o nome, a função e o órgão para o qual o escritor do texto trabalha.
Quase sempre são professores ou pesquisadores de importantes instituições de
ensino ou pesquisa, o que confere autoridade às informações apresentadas. As
crianças precisam saber que é preciso conferir as credenciais de quem profere o
discurso, para que não sejam manipuladas ou incorram em erro).
Da discussão, deve-se selecionar a resposta adequada.
4ª etapa
Elaborar coletivamente ou em pequenos grupos um
quadro contendo de um lado as perguntas de outro as respostas selecionadas. Se
a escola tiver laboratório de informática, essa é uma boa oportunidade de aproximar
os espaços e os recursos, tendo como eixo a pesquisa. Pode-se procurar por
outras fontes, pode se confeccionar os quadros-síntese.
5ª etapa
Se a professora julgar necessário, pode-se propor às
crianças exercícios de fixação dos usos do por que/porque.
6ª etapa
Elaborar com eles uma lista de suportes textuais que
atuam como fontes de pesquisa. Onde podemos buscar respostas para nossas
perguntas? A professora pode acrescentar fontes por eles não apontadas, como os
dicionários pedagógicos produzidos pelas editoras, as enciclopédias
eletrônicas (em discos ou na internet),
jornais infantis, as enciclopédias para crianças ( Larousse) , as revistas
Recreio etc.
7ª etapa
Pedir que escrevam em dupla, um relatório das
descobertas, nesse relatório não pode faltar: o que estudamos, quando, onde,
com que materiais, como, o que descobrimos, o que falta saber, o que foi bom, o
que precisa melhora, sugestões. Para que não se percam nem se cansem a
professora pode dividir a primeira escrita em três momentos: os dois primeiros
para pôr o texto no papel, o terceiro (que pode se desdobrar em mais) para conferir
se esta tudo bem, do ponto de vista do assunto e sua estrutura, do ponto de
vista da estética textual (parágrafos, ortografia, concordância).
Os textos podem ser publicados em mural da escola ou
sala, em blog. Duplas
podem ser escaladas para apresentar o trabalho a outras classes, como o
professor preferir, mas dar destaque ao trabalho e oportunizar que eles
socializem seus estudos motivam-nos a gostar de estudar.
Avaliação
É formativa, a professora observará o envolvimento
das crianças, em que momentos apresentam dificuldades e avanços: organizar os
pensamentos? Falar em público, acompanhar as discussões enquanto escrevem?
Manter as anotações em ordem, entender os trechos retirados da revista? Apontar
semelhanças e diferenças nas respostas, argumentar sobre o porquê manter-se uma
ou outra? Trabalhar em grupo, manter-se atento? Seguir o roteiro para a escrita
do relatório, acompanhar todas as etapas do trabalho, iniciativa, autonomia? E
ir ajustando os procedimentos, ir acompanhando de modo mais próximos os que
apresentam maior dificuldade. O momento da escrita apontará quais aspectos
lingüísticos merecerão um trabalho sistematizado, o momento da leitura e da
compreensão apontarão para a dificuldade em se compreender textos informativos;
elaborar ou pesquisar experiências com o trabalho com esse gênero para a
desenvolvê-lo em classe? São algumas das questões que permearão a avaliação da
professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário